Reforma Ortográfica

Dizem que estudar ortografia é uma perda de tempo. Concordo em parte.

Antes da forma padrão das palavras, deve-se privilegiar as idéias. Valorizar formas "corretas" pode engessar a criatividade.

Por outro lado, uma palavra escrita incorretamente, denuncia o autor, expõe sua fragilidade, levando o interlocutor do texto a duvidar da competência de quem escreve.

Já me acostumei a ouvir o corriqueiro "Pra mim fazer", ninguém mais questiona o erro nas conversas informais. Mas no registro escrito, não dá pra engolir um texto com uma simples troca de "s" por "c", como em "anciedade", ainda mais com todas as facilidades dos corretores ortográficos embutidos nos editores de texto.

Gosto das palavras, procuro buscar e explorar seus significados. Aprendi suas formas. Estou muito longe de um Pasquale, mas me habituei aos conceitos ortográficos estabelecidos.

Sou contra a reforma por decreto, deixem a língua evoluir por conta própria. Esse decreto atende às editoras, mas é tirânico.

A essa altura do campeonato, me nego a abandonar o trema. Resistirei até a última lingüiça.

3 comentários:

Anônimo disse...

Tudo isso é meu ponto fraco, não tanto na escrita, mas na fala......

Sidinei

Anônimo disse...

hehehehe!!!!
Estava anciosa para ler as novidades... ops ANSIEDADE não é???
Realmente dói ler isso, mas fala sério na fala muitos de nós esquece um pouco das formas corretas e ai é um desastre só...
Adoro ler seus textos!!!!!
Parabéns!!!!!!
Um abraço...
Dri

Anônimo disse...

Não é só um texto bem escrito, tem um humor requintado e inteligente que me fascina!
Xuzinha