Shift!

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Quem adora videogame e automobilismo geralmente gosta de jogos de corrida. Mas o que geralmente as pessoas que estão fora desse universo não sabem é que os diferentes games de corrida são muito diferentes entre si. Ou seja, um game de corrida vai muito além da visão de um carrinho movimentando-se para as laterais e desviando de obstáculos trazidos por uma pista que se movimenta de cima para baixo, esquema popularizado pelo bom e velho Enduro no Atari.

Os games atuais têm recursos que atraem desde os pilotos que não saíram da fase “Enduro” até os que se acham profissionais, possibilitando ajustes finos que existem nas pistas reais como acertos de asas aerodinâmicas, cambagem de pneus, mudanças finas na relação de marchas, suspensão, freios, enfim, um paraíso para os entusiastas de engenharia mecânica, além, de perfumarias no visual do carro, como pinturas, rodas, faixas e outros itens importantes para os que adoram carros tunados.

Mas apesar de oferecer uma variedade enorme de recursos, cada título tem sua particularidade, alguns dedicam-se apenas a uma marca, outros trazem informações reais de vários fabricantes, com um preciosismo extremo da simulação da pilotagem real. Outros investem na diversão do jogador, oferecendo capotagens, saltos e batidas cinematográficas, torcendo o nariz dos fabricantes que odeiam ver seus carros destruídos, ainda que num videogame.

Gosto de me divertir, mas dentro desse universo prefiro os games mais técnicos, chego a lamentar quando num descuido arrebento a frente do meu carro virtual. Por isso estão entre os meus títulos preferidos Forza Motorsport, Toca (todas as versões), Grid e, claro, Gran Turismo. Mas nunca deixei de dar uma olhada nas diferentes versões de Need for Speed, série mais popular que apostou em grandes perseguições e batidas fantásticas na maioria das suas versões, aliás, cheguei a gastar muitas horas com Underground, lembrando muito Velozes e Furiosos.

O fato é que contrariando um amigo fã da série, nunca gostei muito do que NFS tinha a oferecer, até que conheci a última versão, Shift, primeiro no PSP e depois no PS3.

Shift foge do esquema polícia e ladrão e vai para as pistas, focando no realismo dos carros, num nível de simulação que beira à perfeição, chegando até a reproduzir as reações da visão do piloto, embaçando ou escurecendo a tela, de acordo com a velocidade ou batida, num detalhamento gráfico de abrir a boca e não fechar até escorrer a baba. A franquia, dessa vez, ficou a cargo do estúdio Slightly Mad Studios, trazendo no currículo grandes títulos como GTR2 e GT Legends.

Não precisei de muito tempo para virar fã. O game, além de tecnicamente perfeito, instiga o jogador a buscar sempre a melhor performance, repetir até atingir o melhor tempo, além de um ótimo esquema multiplayer que funciona muito bem na PSN. Premia a técnica dando pontuação para curvas e ultrapassagens perfeitas, mas também não deixa de considerar aqueles arrojados que saem detonando todo mundo com pancadas espetaculares, não podia ser diferente, afinal, ainda é um NFS.

Seguindo outros títulos da EA, NFS Shift também tem um site dedicado onde é possível postar fotos personalizadas do game e trocar informações com outros jogadores.

Enquanto Gran Turismo 5 não chega, Shift não sai da bandeja do meu PS3.

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