Fim da versão impressa do Jornal do Brasil – Viva!!!

jb

O Jornal do Brasil, um dos estandartes do jornalismo nacional, anunciou que deixará de circular na versão de papel, restringindo-se à Internet. Alguns puristas choram, não sabem como irão viver sem seu jornal diário entulhando a porta de casa na madrugada. Para mim, a notícia é motivo de comemoração.

Não entendam que não gosto de jornal, pelo contrário, adoro. Mas o papel impresso é somente um meio em que a notícia chega, não é um documento sagrado, além disso incomoda, cheira mal, suja os dedos e é difícil de manusear. No dia seguinte, vai para a reciclagem mas sem nunca poder virar papel jornal novamente. O papel para a impressão do diário só pode ser produzido a partir da celulose, ou seja, cada edição diária consome lotes de árvores.

Qual o motivo de continuar publicando toneladas de palavras que servem para tão pouca coisa no dia seguinte se existe um meio melhor, mais econômico e eficiente, que pode ser atualizado a cada segundo?

Ah, dirão alguns que nem todos podem ter acesso à Internet. Ora, garanto que todos que têm acesso ao JB podem ter acesso à Internet, até mesmo em bibliotecas públicas e lan houses. Talvez seja difícil esse tipo de acesso em cidadezinhas pequenas e distantes, mas também duvido que o jornal impresso chegue a esses lugares regularmente.

Concordo que existe um certo ar de melancolia nesse anúncio, um saudosismo, mas também não vejo sentido numa empresa jornalística, cujo principal produto é a notícia, ter que se afundar nas despesas de impressão e distribuição. Se é preciso equilibrar as contas, que seja nisso, mantendo a qualidade jornalística.

A natureza agradece a opção pelo bom senso. Sinto pelos vendedores de peixe e banana.

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